Doença cardíaca é uma das principais causas de
morte no mundo. O estilo de vida moderno, com muito estresse, ausência
de atividade física e alimentação pouco saudável é responsável por
aproximadamente 80% das doenças cardiovasculares. Dentre os vários
fatores de risco que contribuem para doença cardiovascular, o principal é
a pressão alta, responsável por 62% dos derrames e 49% dos ataques
cardíacos.
Um dos fatores alimentares que é crítico para a
o aumento da pressão arterial e suas consequências indesejáveis é o
elevado consumo de sal. Resultados de estudos que avaliaram a redução do
consumo de sal por um curto espaço de tempo indicam uma relação direta
de dose resposta entre a ingestão de sal e a pressão arterial. A redução
de 1 g de sal por dia contribui para a queda de um ponto (medido em
milímetros de mercúrio - mmHg) da pressão sistólica (a mais alta das
duas).
Agora, uma nova pesquisa, mais longa que as
anteriores, realizada na Inglaterra, amplia a análise da relação entre
sal e doença cardiovascular. No período de 2003 a 2011 houve uma redução
de 15 por cento no consumo de sal. Neste mesmo período, as mortes por
doença cardíaca caíram 40 por cento e por derrame 42 por cento. Esta
associação expõe o impacto do consumo de sal na saúde da população.
Mesmo que vários outros fatores possam ter uma
parcela de contribuição nestas reduções, é indiscutível a importância do
sal como um fator isolado no controle da pressão arterial e de suas
consequências.
Mesmo que tenha havido uma significativa
redução no consumo de sal nos últimos anos, os pesquisadores alertam que
o consumo na Inglaterra, continua acima do máximo recomendado por dia
(que é 6g de sal). Isto ocorre em vários países ocidentais.
Uma das dificuldades para o controle da
ingestão de sal é o crescente uso de alimentos industrializados na dieta
do dia-a-dia. Estima-se que 75% do sal ingerido na dieta ocidental
provenha da comida industrializada.
Estes resultados dão elementos para reforçar as
campanhas institucionais para redução da ingestão de sal, reduzindo o
risco de doenças cardiovasculares e promovendo a saúde.
Fonte: ABC da saúde
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