O fato de que o aleitamento materno traz uma série
de benefícios à saúde, tanto para a mãe quanto para o bebê, já é bem
conhecido e é embasado em uma grande quantidade de evidências
científicas.
Um novo fator é agora agregado a este
contingente de benefícios. Uma pesquisa realizada no Japão e publicada
online na revida JAMA Pediatrics do último dia 12 de agosto, demonstra
que crianças que foram amamentadas apresentaram menor risco de
desenvolverem obesidade na infância.
Apesar de que já a algum tempo seja sugerido
que a amamentação proteja crianças contra a obesidade, alguns estudos
não encontraram esta associação. As evidências permaneciam inconclusivas
devido a muitos estudos não considerarem fatores associados, tanto da
mãe (nível de educação, fumo e condição de trabalho) como da criança
(sexo, tempo de televisão e computador). Estes fatores são tecnicamente
chamados fatores confundidores. Neste novo estudo foram considerados
estes fatores e ajustados de forma a que eles não teriam influência
sobre os resultados.
Foram analisados dados de alimentação na
infância de mais de 43.000 crianças com idade entre 7 e 8 anos e que
foram acompanhadas desde os seis meses de idade. Os resultados mostram
que mesmo quando considerados os potenciais fatores confundidores, a
amamentação exclusiva por 6 a 7 meses reduziu em 45% o risco da criança
estar obesa aos 8 anos de idade.
Os resultados desta pesquisa se somam a
inúmeros outros que indicam que a amamentação traz vários benefícios
para a saúde da mãe e da criança a curto, médio e longo prazo. Isto deve
servir como um incentivo para que a amamentação exclusiva nos primeiros
meses de idade do bebe seja estimulada.
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