A definição de analfabetismo vem, ao
longo das últimas décadas, sofrendo revisões significativas como reflexo
das próprias mudanças sociais. Em 1958, a UNESCO definia como
alfabetizada uma pessoa capaz de ler e escrever um enunciado simples,
relacionado a sua vida diária. Vinte anos depois, a UNESCO sugeriu a
adoção dos conceitos de analfabetismo e alfabetismo funcional. Portanto,
é considerada alfabetizada funcionalmente a pessoa capaz de utilizar a
leitura e escrita e habilidades matemáticas para fazer frente às
demandas de seu contexto social e utilizá-las para continuar aprendendo e
se desenvolvendo ao longo da vida.
Os níveis de analfabetismo funcional são:
Analfabeto - Corresponde à condição dos que não conseguem
realizar tarefas simples que envolvem a leitura de palavras e frases
ainda que uma parcela destes consiga ler números familiares (números de
telefone, preços etc.);
Rudimentar - Corresponde à capacidade de localizar uma informação
explícita em textos curtos e familiares (como um anúncio ou pequena
carta), ler e escrever números usuais e realizar operações simples, como
manusear dinheiro para o pagamento de pequenas quantias ou fazer
medidas de comprimento usando a fita métrica;
Básico - As pessoas classificadas neste nível podem ser
consideradas funcionalmente alfabetizadas, pois já lêem e compreendem
textos de média extensão, localizam informações mesmo que seja
necessário realizar pequenas inferências, leem números na casa dos
milhões, resolvem problemas envolvendo uma sequência simples de
operações e têm noção de proporcionalidade. Mostram, no entanto,
limitações quando as operações requeridas envolvem maior número de
elementos, etapas ou relações; e
Pleno - Classificadas neste nível estão as pessoas cujas
habilidades não mais impõem restrições para compreender e interpretar
textos em situações usuais: leem textos mais longos, analisando e
relacionando suas partes, comparam e avaliam informações, distinguem
fato de opinião, realizam inferências e sínteses. Quanto à matemática,
resolvem problemas que exigem maior planejamento e controle, envolvendo
percentuais, proporções e cálculo de área, além de interpretar tabelas
de dupla entrada, mapas e gráficos
Fonte: Blog debatendo educação
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