Por Carlos Sena
O feudalismo tem suas origens no século IV a partir
das invasões germânicas (bárbaras) ao Império Romano do Ocidente (Europa) e foi um
modo de organização social e político baseado nas relações servo-contratuais
(servis). Teve suas origens na decadência do Império Romano,
predominando na Europa
durante a Idade Média.
No entanto, os senhores
feudais conseguiam as terras porque o rei lhes dava. Os camponeses cuidavam da
agropecuária dos feudos
e, em troca recebiam o direito a uma gleba de terra para morar, além da
proteção contra ataques bárbaros.
Quando os servos iam para o manso senhorial
atravessando a ponte, tinham que pagar um pedágio, exceto quando para lá se
dirigiam a fim de cuidar das terras do Senhor Feudal.
Essa sociedade tem como características gerais o
poder descentralizado, economia baseada na agricultura de subsistência, trabalho
servil e economia amonetária e sem comércio, onde predomina a troca
(escambo).
Sendo tudo isso passando a ser modificado com os primeiros indícios das Revoluções Burguesas.
A principal unidade econômica de produção era o
feudo, que se dividia em três partes distintas: a propriedade individual do
senhor, chamada manso senhorial ou domínio, em cujo interior se erigia um
castelo fortificado; o manso servil, que correspondia à porção de terras
arrendadas aos camponeses e era dividido em lotes denominados tenências; e
ainda o manso comunal, constituído por terras coletivas - pastos e bosques -,
usadas tanto pelo senhor quanto pelos servos.
Sendo assim, a sociedade feudal ainda era composta
por três estamentos (mesmo que grupos sociais com
status praticamente fixo, não se pode dizer que a mudança de classe social não
existia, pois alguns camponeses tornavam-se padres e passavam a integrar o
baixo clero, por exemplo, mas essa mudança era rara e um servo dificilmente
ascenderia à outra posição): os Nobres (guerreiros, bellatores), o Clero
(religiosos, oratores), e os servos (mão de obra, laboratores).
Contudo, o que determinava o status social era o
nascimento, havendo também a relação de suserania entre os Nobres, onde um nobre (suserano) doa um
feudo para um outro nobre (vassalo). Apresentava pouca ascensão social e quase
não existia mobilidade social (a Igreja foi uma forma de promoção de mobilidade)
.
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