16 de nov. de 2011

A sexualidade é construida no cotidiano


Por: Edvania Santos Correia

 

A identidade sexual como homem e como mulher é construída nas atitudes de convívio diário, pois o exercício da sexualidade possibilita desenvolver a afetividade e as relações humanas, através da amizade, das atitudes e dos sentimentos próprios de cada gênero, sem a necessidade de relações sexuais. A banalização dessas relações entre homens e mulheres vem sendo apresentada nos meios de comunicação de massa (jornais, revistas, televisão, etc), conduzindo a sociedade e, principalmente, os jovens a interpretações e a atitudes irresponsáveis e incoerentes, em relação à sua vida e à sua sexualidade. É imprescindível falar sobre sexualidade com os jovens. Investir nesta abordagem no ambiente educacional, visando oportunizar o espaço escolar para a construção de posturas que propiciem a formação de indivíduos capazes de refletir ao fazer suas escolhas, desenvolvendo seu senso crítico.
Diante do conjunto de informações conflitantes, com as quais nossos jovens se deparam continuamente, acerca da sexualidade, faz-se necessário que a escola, enquanto espaço de reflexão e de formação de valores, oportunize, vivencie e invista nessa discussão, oferecendo pressupostos para defesa e reflexão de nossos jovens e, também, responda às suas interrogações. Sabemos, no entanto, que para isso acontecer é importante que nossos educadores estejam bem informados, que se possibilite uma atuação no ambiente escolar de forma permanente, através do processo de formação continuada, a fim de desenvolver a sensibilidade, de propiciar a fundamentação teórica, de promover a socialização das experiências vivenciadas na escola, de compreender as necessidades que enriquecem esse trabalho e que possibilitam o compromisso com a ação educativa e com os educandos no chão da escola.

A realidade alarmante da AIDS, os vários tipos de DSTs, os casos de gravidez na adolescência e o aborto, passam a exigir da escola uma nova postura que favoreça informar, sensibilizar e educar nossos educadores e jovens para a necessidade do sexo seguro e de uma postura de prevenção. Visto que a prevenção precária não é coisa só de adolescentes.
A cultura da passividade e da omissão perante a sexualidade precisa ser modificada, e essa postura pode ser construída no ambiente escolar. É importante que meninas e meninos exercitem a cidadania, fazendo escolhas que propiciem a vida e a dignidade do homem e da mulher.

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