29 de out. de 2011

Que educação estamos tendo e oferecendo?

Estudantes, Protestam Já!
Por Carlos Senna

Observaram a imagem mostrada acima? O que perceberam? O que há de estranho?

Bem gente, esta charge um tanto engraçada pode ser uma motivação séria para levantar-mos vários questionamentos e reflexões sobre a realidade e conceito de educação vivenciado por milhões de brasileiros como eu e você. Na charge acima aparece a cena de dois alunos, quem sabe bem "politizados", engajados num protesto em reivindicação a melhores condições de ensino para a educação de sua cidade possivelmente.

Na mesma cena aparece a seguinte frase: “Ençino de cualidade!”. Onde percebemos a presença de erros gravíssimos escritos na placa que os alunos levam, e vejam que esses alunos nem se deram conta do absurdo erro que é publicado e dado ao conhecimento de todos que lêem. Mas o que fato está errado? A frase da placa? Os alunos? Ou a educação e o ensino que esses alunos tiveram em anos anteriores?

Caros leitores, não se assustem mas, essa demonstração contida nesta charge é simplesmente um pequeno fragmento da realidade existente a muito tempo no Brasil e em pior estágio nos dias atuais, na vida de nossos alunos e em geral, no sistema publico de ensino que é ofertado as nossos brasileiros que dependem do mesmo para alcançarem um futuro menos doloroso. Poderia eu, enquanto professor e educador deste mesmo sistema de ensino, usar neste texto perfeitas falas recheadas de muita demagogia e vir a defender com todas as minhas forças o ensino publico brasileiro, embora estivesse indo de encontro aos meus princípios éticos compromissados com a verdade e sendo extremamente hipócrita com todos os leitores. Mas, devo honestamente concordar com o conteúdo exposto através desta divertida charge, aos olhos de alguns, e confessar com muita tristeza e revolta que nossos alunos em sua maioria sofrem diariamente com varias dificuldades de aprendizagem, e entre elas, a mais inaceitável, aquela que torna o aluno a vida inteira escravo da forma errada de escrever, ler ou falar, tornando esses alunos iguais máquinas velhas e estagnadas sem condições de alavancar.

São crianças, adolescentes e jovens que mesmo todos os dias dentro das salas de aulas, ainda assim não é o suficiente para aprender de verdade. Como pode alunos tão freqüentes as aulas não conseguirem aprender ao menos o considerado básico que é ler e escrever? Afinal, não é a escola o ambiente mais propício a se buscar isso? Sim. Claro que sim!

Porem o que percebo enquanto educador, é a existência de um verdadeiro “descaso e descompromisso” provenientes de todas as partes e que encontra-se infiltrado a décadas em nossa educação publica. Uma educação com qualidade só vai existir de fato, onde houver compromisso por parte de todos, e quando me refiro a todos, destaco primeiramente a família que sem dúvida precisa ter uma participação mais ativa e cooperativa em parceria com a escola, onde a mesma juntamente com os educadores tem o papel fundamental de determinar as diretrizes e conduzir esses alunos a uma aprendizagem mais qualitativa. Outro integrante importantíssimo, e que considero esses verdadeiros autores de sua própria história, são os nossos alunos. É fundamental a contribuição deles neste processo, esses precisarão entregar-se totalmente, dando o máximo de si e esforçando-se ao nível que for necessário. E por fim, seria impossível não continuar batendo nesta tecla, os nossos representantes políticos, uma vez que nas mãos deles estão os recursos necessários, ou mesmo o poder das decisões que são tomadas em tudo neste país. No entanto, se omitem a fazer e a cumprir o que prometeram nos palanques de comícios em anos de eleição.

Lamentavelmente, sinto em dizer que o fracasso está geral em nossa educação brasileira, indo em uma escala de macro a micro. Começando pelos que podem fazer e não fazem, até mesmo aqueles que querem fazer, porem não conseguem enfrentar sozinhos esse desumano jogo de interesses partidários que rege e alimenta as políticas públicas deste país( que é lenta e ultrapassada), tornando todos em seres humanos incapazes e desorientados, nos deixando mergulhados profundamente num sistema tão absurdo que criteriosamente obriga professores de todo o Brasil a aprovarem alunos sem as mínimas condições de serem aprovados, simplesmente para satisfazer aos caprichos estatísticos estabelecidos pelo governo, onde para o mesmo quantidade se torna mais importante que a qualidade e os bons resultados.

Daí entende-se o motivo que levam tantos alunos a estarem simbolicamente ocupando algumas cadeiras na sala de aula, sem nenhuma garantia de que sairão capazes e qualificados para o tão competitivo mercado de trabalho, que a cada dia desafia a todos independente de classe social ou cor, e que obriga a lutar aqueles que querem vencer.



26 de out. de 2011

MPF no Ceará vai pedir anulação do Enem 2011


FORTALEZA - O Ministério Público Federal no Ceará vai recomendar ao MEC que anule o Enem 2011 em todo o País após a revelação de um suposto simulado do Colégio Christus, de Fortaleza, com questões idênticas às do exame, aplicado no fim de semana.

O procurador da República Oscar Costa Filho soube do caso por meio de estudantes cearenses, que procuraram o MPF para denunciar o suposto vazamento da prova.

'É necessário que se imponha, de uma vez, a constitucionalidade no Enem, o que significa o direito de candidatos que se sentirem prejudicados recorrer', diz Costa Filho. Para ele, houve vazamento de provas do exame.


O MEC já acionou a Polícia Federal para apurar o caso e, por isso, o procurador não vê a necessidade de recorrer à Justiça. Mas Costa Filho diz que há provas constituídas para determinar a irregularidade que, segundo ele, não é mais pontual e atinge todos os candidatos inscritos no País.

O Colégio Christus informou que vai soltar nota à imprensa nesta quarta-feira. Pelo Twitter, afirmou: 'Não houve qualquer ato deliberado por parte da escola no sentido que estão dizendo'. No Facebook, postou ontem à noite a seguinte mensagem: 'uma Instituição de Ensino que tenha profundo conhecimento da TRI - Teoria da Resposta ao Item - e possua vasto banco de questões fornecidas por professores, por ex-alunos e pela conversão de questões do estilo clássico para estilo ENEM poderá ter boa margem de acertos nas avaliações do ENEM e em outros vestibulares. O Colégio Christus, há vários anos, tem registrado altos índices de acertos em questões de vestibulares, o que é de conhecimento de todos'.

Para Costa Filho, houve quebra de igualdade na disputa. Ele ressalta o fato de as questões serem idênticas. 'São indícios de que houve, sim, vazamento.' Segundo o procurador, o episódio comprova o que havia afirmado ao Estado em entrevista na sexta-feira, véspera da aplicação do exame. 'O Enem é um estelionato intelectual', disse.




A difícil arte de educar


Por: Isabel C. S. Vargas

Educar requer uma grande dose de paciência, sabedoria, amor, perseverança e coerência, para conseguirmos estabelecer limites sem podar a criatividade nem sermos autoritários em demasia, dar amor sem que com isto e em seu nome nos tornemos por demais permissivos, dar liberdade para que seja exercido o livre arbítrio de cada um, de modo que haja responsabilidade pelas escolhas e pelos atos praticados.

É importante corrigir, sem ser excessivamente crítico, de modo a humilhar e desvalorizar, estabelecer regras que devem ser cumpridas, sem que sejamos tiranos, saber ser flexível, quando a situação requer, sem com isto estimularmos a impunidade.

É importante indicar caminhos, sem que com isto queiramos percorrer caminhos alheios, posto que a vida se faz a cada passo, a cada momento, a cada opção feita, a cada ato praticado, cada palavra dita (ou omitida), cada mão estendida, cada sorriso dado, a cada lágrima derramada, seja de alegria ou de dor.

Quando uma criança chega à escola, já leva uma bagagem de emoções, de sentimentos, de orientações recebidas, hábitos adquiridos pela educação que recebe na família na qual está inserida. Como vivemos em um mundo globalizado, aonde a informação chega a cada casa com uma incrível velocidade, por vezes tudo que se tenta passar para uma criança, parece ser algo em desuso, sem valor, frente ao que é visto através da imprensa ou da mídia televisiva.

Educamos através de coisas simples, que são reforçadas no dia a dia, como ao orientar para cuidar do que lhe pertence, não pegar nada do colega sem pedir permissão, não dizer palavrão, não mentir, exigir respeito aos mais velhos, que seja educado, gentil, que use palavras “mágicas” como Bom Dia, Com licença, Obrigado; fale sem que precise gritar, não jogue lixo na rua e uma série de outras regras básicas de boa, pacífica e respeitosa convivência.

Hoje temos que ser verdadeiros artistas, sem sermos palhaços (digna profissão, aliás), para conseguir formar um cidadão de bem, sem corrermos o risco de sermos taxados de alienados diante da realidade que nos é mostrada, onde parece que prevalece a impunidade, a falta de caráter, de respeito e de limites.
 

23 de out. de 2011

Tema da redação do Enem 2011 fala sobre "viver em redes no século 21"


           Candidatos escreveram sobre os limites entre o público e o privado


A redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano trouxe como tema "viver em rede no século 21: os limites entre o público e o privado". O Ministério da Educação confirmou a informação repassada pelos primeiros candidatos a deixarem o local de prova.
De acordo com o MEC, duas reportagens e uma tira de quadrinhos foram os textos de referência da redação. São elas as matérias "Liberdade sem fio" e "A internet tem ouvidos e memória", publicadas pela revista "Galileu" e pelo portal "Terra", respectivamente, e uma tira da série "Quadrinhos dos anos 10", do cartunista André Dahmer.
A questão das redes sociais também apareceu na prova de linguagens, códigos e suas tecnologias, segundo estudantes paulistas que já deixaram o local de prova, em São Paulo. Eles afirmaram ainda que, na prova de matemática, o Enem exigiu compreensão de gráficos e tabelas.
O enunciado da prova de redação derrubou as suspeitas levantadas no sábado (22) de que o tema havia vazado e falaria sobre o povo indígena e a justiça brasileira. O MEC havia negado o vazamento no sábado.

Critérios

A redação do Enem é corrigida por dois corretores de forma independente, sem que um conheça a nota atribuída pelo outro. A nota final corresponde à média aritmética simples das notas atribuídas pelos dois corretores. Caso haja discrepância de 300 pontos ou mais na nota atribuída pelos corretores (em uma escala de 0 a 1000), a redação passará por uma terceira correção, realizada por um supervisor.
A nota atribuída pelo supervisor substitui a nota dos demais corretores. De acordo com o edital, o Inep considera que a metodologia empregada na correção das redações contempla recurso de ofício.

Será atribuída nota zero à redação: que não atender a proposta solicitada ou que possua outra estrutura textual que não seja a do tipo dissertativo-argumentativo; sem texto escrito na folha de redação, que será considerada "em branco"; com até sete linhas, qualquer que seja o conteúdo, que configurará "texto insuficiente"; linhas com cópia dos textos motivadores apresentados no caderno de questões serão desconsideradas para efeito de correção e de contagem do mínimo de linhas; com impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação, que será considerada "anulada".

Correção da redação

Uma decisão do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF1) derrubou a decisão que obrigava o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) a disponibilizar a correção das provas de redação do Enem 2011 na internet. A ação foi ajuizada pela Advocacia Geral da União (AGU) sob a alegação de que isto implicaria em atrasos em todo o calendário de realização das provas do Enem.
Ainda segundo a AGU, a liberação do acesso a mais de 6 milhões de provas demandariam a aplicação de milhões de reais na aquisição de equipamentos e serviços, para sua digitalização, criação e disponibilização na internet para o acesso simultâneo de milhões de pessoas. A AGU argumenta ainda que não existe qualquer indício de irregularidade ou prejuízo aos candidatos, já que os textos serão corrigidos por dois professores, de forma que se a diferença da nota for igual ou maior que 300 pontos, um terceiro corretor é escalado para corrigir a questão.
A liminar que autorizava a liberação da correção das provas foi expedida pela 5ª Vara da Seção Judiciária do Maranhão ao aceitar uma ação civil pública do Ministério Público Federal. O MP solicitava uma cláusula que garantisse aos candidatos o direito de obter vistas das provas discursivas com prazo para a formulação de recursos.
Em agosto, o Ministério Público Federal no Distrito Federal e o Inep assinaram, nesta quarta-feira (10), um acordo que garante aos candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) o direito de ter acesso à correção (vistas) de provas a partir de 2012. Atualmente, este acesso não é permitido segundo o edital do Enem.

De acordo com o termo de compromisso de ajustamento de conduta, a medida terá caráter meramente pedagógico, ou seja, os candidatos não poderão apresentar recursos contra as correções.



21 de out. de 2011

Exemplo de coragem e compromisso!


Foto: UOL

     Há 48 anos na ativa, professora que tinha pavor de dar aula sofre pensando na aposentadoria

Com 68 anos de idade e 48 de magistério, a professora Emilia Zughaib pensa em se aposentar no final do ano que vem. Ela dá aula para uma turma da primeira série do ensino fundamental, a 1ªA, na Escola Estadual Marechal Floriano, em São Paulo. “O pessoal aqui duvida que eu me aposente antes dos 70, mas acho que está na hora. Eu já venho me preparando há muito tempo, mas sei que vou sofrer”, contou.

A rotina da professora Emilia começa cedo, por volta das 4h da manhã, “para ir arrumando alguma coisa em casa antes de ir para a escola”. Às 6h15 (ou até 6h30, contando com atrasos) ela sai do apartamento em que mora com a mãe, uma senhora de 87 anos, e vai de metrô até a escola. O trajeto é tranquilo e não demora mais que 20 minutos. As aulas começam às 7h.

Nesse ano, a professora assumiu somente uma sala com cerca de vinte alunos. Emilia gosta de ter tempo para a criançada: “Eu sou de criar raiz aonde eu vou, não sou de ficar mudando muito de escola. Gosto de criar laços com os meus alunos, com os pais e com a comunidade em torno da escola”.

E esses laços foram comprovados pela reportagem do UOL Educação no dia da nossa visita: 14 de outubro, véspera do dia dos professores, é também a data do aniversário da professora Emilia. Presenciamos alguns alunos entregando presentes para a “prô”, inclusive uma menina que teve aula com ela no ano passado e disse que sentia saudades. “É isso que é gratificante”, disse recebendo um abraço da pequena aluna. “Na carreira inteira, a gente leva muita rasteira, mas esse carinho compensa tudo”, completou.


18 de out. de 2011

Senado aprova o PRONATEC; Projeto segue para sanção presidencial

Os senadores aprovaram na noite desta terça-feira (18) o projeto de lei que cria o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego), que dá aos alunos e trabalhadores bolsas de estudo ou a possibilidade de financiar cursos de qualificação técnica por meio do Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior).

Como as emendas ao projeto foram rejeitadas, o texto não sofreu alterações de como chegou da Câmara. Por isso, segue direto para a sanção da presidente Dilma Rousseff.

A prioridade do programa é atender pessoas de baixa renda e beneficiários de programas de transferência de renda -como o Bolsa-Família.

Segundo o Ministério da Educação, o volume de investimento federal no Pronatec será de R$ 1 bilhão em 2011, dos quais R$ 700 milhões serão destinados a bolsas de estudos para estudantes e trabalhadores e R$ 300 milhões para financiamento estudantil por parte dos próprios alunos.

A meta governamental é de que, com Pronatec, oito milhões de pessoas possam ter acesso a cursos de capacitação até 2014. Na prática, o Pronatec permite a transferência de dinheiro da União para as instituições de educação profissional e tecnológica das redes públicas estaduais e municipais e também aos cursos oferecidos pelo Sistema S (como Senai e Senac) e as escolas sem fins lucrativos.


15 de out. de 2011

Ao mestre com carinho...



Por: Carlos Senna

Em meio a tantas datas especiais no calendário brasileiro, chegamos em 15 de Outubro, dia que para quem não sabe ou não lembra está dedicado a uma das mais importantes classes de trabalhadores e de profissionais do Brasil. O professor!

Considerada ser a maior categoria de profissionais do país, assumindo em cada lugar e escola (seu local de trabalho), o seu importante papel, o de ensinar, ou mesmo, o de reproduzir e compartilhar o conhecimento que ao longo da vida aprendeu e continuará aprendendo. Pensar na figura do professor é, ultrapassar todas as possíveis barreiras que a vida nos faz enfrentar ate chegar-mos aos nossos sonhos, até porquê fica difícil acreditar no professor que não sonha com a possibilidade de um mundo melhor,ou que não acredita naquilo que se dispõe a ensinar.

Sabemos que optar por essa profissão sempre foi um grande desafio na vida de muitos, como também desafioso é exercer a mesma, após a decisão de escolher segui-la. Mas o que fazer para despertar tamanho interesse na mente daqueles que ainda buscam e almejam ser algo na vida? O que está faltando para motivar nossos jovens a ingressarem nessa área do saber? O que torna o professor diferente dos demais profissionais? Creio que no seu pensamento deve ter surgido logo a opinião de sempre e de todos: “O baixo salário”. Caro leitor, permita-me outra vez questiona-lo com a seguinte pergunta. E qual é a razão que levam os salários dos professores serem considerados baixos? Uma vez que o papel desempenhado pelos mesmos acredita-se ser de suma importância em nossa sociedade. Isso segundo a opinião de quase todos os cidadãos e até mesmo, não pasmem, dos nossos representantes na política. Pare e pense comigo, tudo isso não parece uma grande contradição? Concordo com você.

É difícil entender e aceitar como tão absurda realidade existe no mundo em que vivemos, principalmente em nosso país, onde aqui mesmo no Brasil o Slogan do governo anterior era: “Brasil, um país de todos”. Todos quem? Talvez de quem ainda nem nasceu e não conhece como é dura a vida aqui fora.

Mas, independente de todas essas questões, infinitas indagações e constantes buscas por respostas, quero dizer que o maior objetivo desse texto é homenagear durante todo o ano e em especial hoje(15 de Outubro), aquele que tem a sua maior dedicação e compromisso, não apenas com sua remuneração, mas sim com a valorização e o respeito ao maior dos projetos elaborados pelas mãos do criador: “O ser humano e a vida”. É esse o mais importante alvo de um professor, “Conduzir e preparar o individuo para atuar em sociedade, tornando-o capaz de atingir e cumprir com o seu real dever e papel”.

Quero finalizar meu pensamento e opiniao exposto nesse texto,lançando um desafio a você jovem que ainda não se decidiu na sua carreira profissional, mas que acredita profundamente na sua capacidade de aprender e na função de ensinar que existe no seu professor. Agarre com todas as suas forças essa oportunidade de unir-se a esse grande batalhão de profissionais que incansavelmente lutam, embora desarmados do dinheiro e do poder, mas que garantem a vitória no final dessa guerra.

                                                                                             Parabens, Professor!!!







13 de out. de 2011

Parabens,União dos Palmares!!


Por: Carlos Senna


É com muito regozijo que venho através destes versos expressar a emoção e o mais puro sentimento dedicado a minha querida terra natal, União dos Palmares. Cidade histórica, riquíssima em cultura e nas manifestações expressadas em cada gesto que há em seu povo. Uma cidade que sabe acolher seus habitantes, assim como uma mãe protege e defende seus filhos em qualquer circunstancia da vida.

É terra de um povo humilde, honesto e acima de tudo trabalhador, que não se cansa do seu trabalho e nem foge da luta que os esperam rotineiramente a cada amanhecer; Orgulho-me em ser palmarino e de pertencer a esse grupo de descendentes de quilombolas e afro-brasileiros, que tem Zumbi dos Palmares como seu herói e fonte inspiradora de luta e conquista, que sente correr nas suas veias o mesmo sangue que testificou através de Zumbi, que a liberdade não herdamos de ninguém, e sim, a conquistamos pela luta e sem temer as adversidades que se contrapõem aos nossos ideais de vida e nossos objetivos. Aqui está localizada a Serra da Barriga, patrimônio histórico da humanidade e palco da maior luta já enfrentada em prol da liberdade de pessoas castigadas e forçadas ao cruel trabalho escravo, que na época era tão natural aos olhos de pessoas desumanas e moldadas pelo orgulho e a avareza.

Cidade muito bem representada também nas pessoas ilustres como: Jorge de Lima (Poeta), Maria Mariá (Professora e Jornalista), Povina Cavalcanti (Advogado e escritor) Monsenhor Clovis (Pároco), Basiliano Sarmento (Político e Patriarca da cidade), Correia de Oliveira (Advogado e Escritor), Dona Irineia (artesã). E tantos outros que brilhantemente deram e continuam dando suas importantes contribuições para a construção do legado cultural e histórico que adquirimos ao longo desses 180 anos, e que por isso serão sempre lembrados e homenageados por cada cidadão deste município.
Sinto-me honrado com cada verso que escrevo, em poder de certa forma está contribuindo positivamente para o crescimento e o desenvolvimento desta importante cidade brasileira, que apesar dos problemas que enfrenta, em ocasião do descompromisso político e social, que ainda é forte e alarmante nesta cidade. Porem, tais problemas não conseguiram e nem conseguirão calar a voz desse povo que sacia a sua sede da água que bebe, jorradas do histórico Rio Mundaú, e do solo sagrado no qual como prova de viver em liberdade, caminham incansavelmente com destino ao progresso, carregando no peito o sonho de dias melhores para todos.

Chegamos aos 180 anos de Emancipação Politica, em 13 de outubro de 1831, União dos Palmares alcançava mais uma vitória, tornando-se cidade livre e independente politicamente falando. Mas a minha consciência ainda assim,me faz ir mais longe e refletir melhor, daí surge uma indagação, ou melhor uma pergunta que ecoa desesperadamente por justiça. Emancipados? Livres? Em que sentido?.Existem de fato razões para tantos festejos e comemorações, quando na mesa de nossos palmarinos falta o pão? Nos nossos hospitais outros morrem por falta de atendimento? Nas nossas ruas diariamente nossas crianças e adolescentes aprendem cedo a provar do gosto amargo das drogas?

É revoltante a dramática realidade social em nossa cidade, e porque não dizer em nosso Brasil e no mundo. Não dar pra aceitar de braços cruzados a situação em que coloca ricos e pobres a se enfrentarem como se fossem lutadores de boxes, de maneira que sempre os ricos saem rindo e com olhares altivos motivados por ganharem mais uma vez a luta e disputa, e com a certeza de que ganharão sempre.

Mas apesar de tudo isso, a esperança tem que ser mais viva, e a força de hoje, a única motivação para continuar amanha e sempre, na busca de um mundo melhor e com mais justiça para todos.

                         Parabens, União dos Palmares “A terra da liberdade”
                                                                                        
                                                                                           

                                                                            




11 de out. de 2011

Verba para a educação deve ser de até 10% do PIB em 2012, diz Haddad

Em palestra na FGV (Fundação Getúlio Vargas) no Rio, nesta segunda-feira, o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que espera uma resposta do Congresso para definir o orçamento para educação em 2012, que deve ficar entre 7% e 10% do PIB nacional. Ele também pregou o fim do vestibular e a reformulação do Ensino Médio.

A proposta de aumentar o orçamento faz parte do Plano Nacional de Educação, que aguarda aprovação do Congresso e prevê os investimentos na área para os próximos dez anos. Atualmente a educação corresponde a 5% do PIB brasileiro.

"Não vai ser menos de 7% do PIB nem mais do que 10%", disse Haddad, ao lembrar que o Brasil foi um dos últimos países da América Latina a despertar para a necessidade de investir em educação e que é preciso "correr atrás dessa diferença histórica".

O ministro também ressaltou a necessidade de reformular o Ensino Médio, enxugando o conteúdo ensinado atualmente e criando escolas em tempo integral. "Hoje o aluno vê o Ensino Médio como um pedágio para o vestibular. Temos que mudar isso para uma forma mais coerente, que responda aos anseios da sociedade."

Haddad também minimizou os problemas com o Enem, que classificou como um dos sistemas mais modernos do mundo de acesso a universidade. "É um problema fazer uma prova para 5 milhões de pessoas em um fim de semana", explicou. Segundo ele, o Brasil está em um processo de substituição do vestibular e é preciso acabar com a prova, insuficiente para avaliar os alunos integralmente.
Apesar de ter passado a palestra elogiando as ações do seu governo, Haddad, pré-candidato ao governo de São Paulo, evitou falar sobre a campanha. "Política só no final de semana. De segunda a sexta, só educação", disse.


8 de out. de 2011

O piso salarial é o primeiro passo

Ainda que o salário-base tenha reduzido desigualdades, a valorização da docência exige também a melhoria das condições de trabalho e a formação

A informação de que o piso salarial dos professores para 2011 foi fixado em 1.187 reais para uma jornada de 40 horas é dessas notícias do tipo copo meio cheio, meio vazio. Meio cheio porque o índice de reajuste, de 15,9%, foi bem superior à inflação do ano passado (5,9%). E porque até 2008 o Brasil não possuía nenhuma lei nacional que regulamentasse um vencimento mínimo aos docentes. Meio vazio porque... bem, convenhamos, ainda não se trata de um vencimento compatível com a responsabilidade da tarefa de ensinar. Aliás, nem com a média do mercado, já que outras profissões que exigem formação semelhante pagam muito mais (veja o quadro na página seguinte). E porque, num contexto em que as condições de trabalho são precárias, e a formação, deficiente, não parece realista acreditar que aumentos salariais levarão, sozinhos, à recuperação do prestígio e da atratividade da carreira docente.

Para começo de conversa, é preciso esclarecer que nunca existiu um passado idílico em que os educadores eram respeitados, lecionavam em escolas de excelente infraestrutura e ganhavam bem. Se a valorização social foi, pelo menos até a década de 1960, uma realidade, o mesmo não se pode dizer acerca dos bons salários. O Brasil já nasceu pagando mal seus mestres. A primeira Lei Geral do Ensino, decretada por dom Pedro I em 1827, estabelecia que eles deveriam receber pelo menos 25 mil-réis mensais - um terço do que ganhava um feitor de escravos e, em valores de hoje, algo em torno de 930 reais.

No século seguinte, a situação melhorou e o salário médio se aproximou dos 2 mil reais (valores corrigidos) na década de 1950, não muito distante do que ganha, hoje, um educador com Ensino Superior (média de 1.788 reais, em 2009). Entretanto, a universalização do ensino, ocorrida entre os anos de 1970 e 2000, exigiu a contratação de uma massa de profissionais sem a formação adequada, que iniciou na função recebendo bem menos do que os graduados (o salário de um docente com Ensino Médio estava em torno de 1.162 reais em 2009). Isso derrubou a média salarial da categoria. O que já não era grande coisa ficou ainda pior porque os investimentos governamentais não cresceram na mesma proporção do número de alunos que passou a frequentar a escola, deteriorando o ambiente de ensino e afugentando, de vez, os profissionais mais bem qualificados para a docência.

Fonte: http://  revistaescola.abril.com.br

4 de out. de 2011

Mandado ou mandato?

Eu digo: O juiz expediu um mandato ou um mandado judicial?
O presidente da república possui um mandado ou um mandato?

Esta confusão pode estar no fato de “mandado” e “mandato” serem vocábulos parônimos, ou seja, semelhantes na escrita e pronúncia, porém com significados diferentes.

Vejamos:

Mandato é quando alguém tem autorização para praticar determinadas ações em função de outros. Logo é um poder que alguém conferiu a outro, a fim de agir em seu nome. Significa: procuração, delegação. No geral, é usado em termos políticos para designar os poderes que são conferidos a um homem que representará os cidadãos durante um período determinado.

Portanto, o certo seria “O presidente da república possui um mandato”.

Mandado significa ordem judicial ou administrativa e será, nessas circunstâncias, um substantivo: mandado de busca, mandado de segurança, mandado de busca e apreensão, mandado de captura, mandado de soltura, mandado de citação.

Logo, é certo quando dizemos: O juiz expediu um mandado judicial.

No entanto, “mandado” pode ser em certas situações um adjetivo, como em uma frase comum que muitos de nós já escutamos: Ele é um pau mandado.

Agora, acompanhe outros exemplos:

a) O policial estava com o mandado de prisão e por isso teve legalidade de prender aquele traficante.

b) Fernando Collor não cumpriu seu mandato até o final, pois sofreu impeachment.

c) A Câmara cassou o mandato do senador Calheiros.

d) Consegui passar no vestibular, mas não terminei o segundo grau e, por isso, vou tentar conseguir com o juiz um mandado de segurança.

e) Ele não vai muito longe, pois temos aqui um mandado de busca e apreensão do carro em que ele está.


1 de out. de 2011

Escolas precisam mudar para reagir à violência, defendem especialistas

“A escola precisa mudar muito. Precisa evoluir muito em questões pedagógicas, nos métodos de ensino, no próprio relacionamento dos professores com os alunos”, afirma o professor da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) Evandro Camargo Teixeira. Ele defendeu, neste ano, uma tese de doutorado sobre as relações entre violência e abandono e desempenho escolar.

Não é uma questão de coerção. Isso não vai acabar com o problema. Não adianta colocar a polícia. Ela vai lá para tentar resolver o problema que acabou de acontecer. É preciso uma política de conscientização de todos os setores”, afirma Teixeira.

Para Paulo Carrano, professor da Faculdade de Educação da UFF (Universidade Federal Fluminense), não houve muitas mudanças nas escolas nos últimos anos. “A disciplina escolar não mudou muito, a disposição das carteiras na sala não mudou muito”, diz.

Professor

Essas mudanças, afirma Carrano, também devem passar pelo professor. “O manda quem pode, obedece quem tem juízo, tem que ter lugar a outro tipo de autoridade. Os professores mais escutados pelos alunos são os que têm a autoridade do saber, que sabem o que estão dizendo, e os que têm a autoridade do afeto, que escutam, que dão valor às experiências que os alunos já trazem. O que consegue juntar as duas é o melhor professor.”

De acordo com o especialista, é preciso um esforço para entender as razões das atitudes violentas. “Os episódios de violência contra os professores poderiam de fatos ser diminuídos com ações que investissem mais na busca da compreensão de porque que surge o fenômeno da violência, do bullying. Se a gente não entender o que gera esse comportamento, não vamos ter soluções eficazes”, diz Carrano.

Família

Evandro Teixeira afirma também que é fundamental um acompanhamento de perto da família. “O próprio aluno se sente mais seguro se a própria família está participando”, diz. Carrano concorda: “As crianças reproduzem aquilo que elas levam. Se as boas maneiras não aconteceram na família, a escola tem um problema.”