14 de jul. de 2012

Governo propõe para docentes federais em greve aumento salarial e mudança no plano de carreira

Após quase dois meses de greve dos professores das universidades e institutos federais, o governo federal apresentou nesta sexta-feira (13) uma proposta que prevê mudanças no plano de carreira, que entrariam em vigor a partir de 2013, e um aumento salarial que, de acordo com o Ministério do Planejamento, pode chegar a até 45,1% para o topo da carreira (professor titular com dedicação exclusiva).

A proposta, que ainda será encaminhada como projeto de lei para aprovação no Congresso, reduz de 17 para 13 os níveis de carreira, uma das reivindicações do movimento grevista. Com isso, os professores vão conseguir subir mais rápido na carreira e passarão a receber salários maiores.

O governo diz ainda que irá conceder reajuste salarial a todos os docentes federais de nível superior, totalizando 143 mil profissionais, além dos 4% já concedidos por uma medida provisória e retroativos a março, ao longo dos próximos três anos.

Para os professores titulares com dedicação exclusiva, topo da carreira, os ganhos chegarão a R$ 17,1 mil em três anos. Segundo o Planejamento, esse valor representa um aumento de 45,1% em relação aos salários de fevereiro, que eram de R$ 11,8 mil. No entanto, se considerados os 4% já concedidos retroativos a março, percentual de reajuste da proposta seria de cerca de 40%.

Os salários dos professores já ingressados na universidade, com título de doutor e dedicação exclusiva, passarão de R$ 7,3 mil para R$ 10 mil no período de três anos. O governo também prevê um novo processo de certificação para os professores dos institutos federais.

De acordo com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, o impacto no orçamento será de R$ 3,9 bilhões ao longo dos próximos três anos, com 40% desse total sendo aplicado em 2013, 70% em 2014 e 100% em 2015. A partir daí, o impacto anual previsto será de R$ 3,9 bilhões.

A principal reivindicação do movimento grevista é a reestruturação da carreira docente, por isso, as negociações são feitas com o Ministério do Planejamento. Na última reunião, a pasta propôs que a greve fosse encerrada e que as discussões continuassem com base na carreira do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação). Os docentes não concordaram em acabar com a paralisação.

Fonte: Uol educaçao


Um comentário:

  1. De fato, se considerarmos o imposto de renda que incide sobre os salários deste montante, temos que 1/3 retorna ao governo federal na forma de Impostos debitado na fonte, portanto, não serão na realidade 3,9bi, mas sim, 2,6bi. Por outro lado, levando ainda em consideração que os 2/3 restantes do salário não tributados na fonte, o serão ao adquirir bens e serviços, digamos também em 1/3 (o que varia bastante de zero a 90% de imposto sobre produtos e serviços), assim temos que 2/3 retornam aos cofres públicos de alguma maneira direta ( imposto na fonte) ou indireta. Ou seja , o investimento de fato não será superior a 1bi, que será definitivo daqui a 3 anos. Na realizado o salario para professor doutor de 10mil acho baixo pelo investimento por parte do professor. Em algumas áreas como biológicas (ex.: bioquímica) quase que impossível um recém doutor alçar uma vaga nas federias, principalmente no sul/suldeste exigindo um pósdoc. Um recém graduado bacharel em direito com 2 anos de profissão e com boa memória pode assumir um cargo de juiz estadual com salário entre 10-16mil, e com título de doutor.....

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