8 de jun. de 2010

Educação Indígena


                          GRADUAÇÃO PARA PROFESSORES INDÍGENAS

Com cerca de 3 mil professores indígenas em cursos superiores de licenciatura intercultural e mais 7 mil aguardando vagas de ingresso, o Ministério da Educação discute esta semana, em Brasília, como tornar a formação de educadores indígenas uma política pública permanente.
No seminário "Ensino Superior e Povos Indígenas", o MEC, instituições de ensino superior e outras áreas do governo federal debatem que tipo de política pública deve ser adotada. A eficácia do sistema de editais para selecionar universidades e transferir recursos, criado em 2005 com o Programa de Apoio à Implantação e Desenvolvimento de Cursos para Formação de Professores Indígenas (Prolind), está sendo questionada.
De acordo com Armênio Schmidt, diretor de educação para a diversidade da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC, o edital tem fluxo próprio e, muitas vezes, atrasa a liberação de recursos para as instituições e o início dos cursos. Uma das alternativas em debate no seminário é a política de financiamento de bolsas, para que as universidades possam trabalhar com planejamento de oferta de cursos e vagas em médio e longo prazo.
A preocupação com políticas públicas permanentes de formação de professores indígenas, explica Schmidt, deve levar em consideração o crescimento da população indígena que é de 4% ao ano. O aumento da taxa de natalidade exige mais vagas na educação básica, mais escolas, bibliotecas e materiais didáticos e mais professores qualificados, diz.
Dados do coordenador de educação escolar indígena da Secad, Gersen Baniwa, mostram que, via Prolind, o Ministério da Educação financia 22 cursos de licenciatura intercultural em 16 universidades públicas. De 2005 a 2009, ingressaram nesses cursos aproximadamente 3 mil professores, dos quais 220 já concluíram o magistério superior.

Fonte: Mec.gov.br

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