A violência que ocorre “na” escola é associada aos graves problemas sócio-econômicos das grandes cidades, o domínio do narcotráfico, as gangues, o declínio da autoridade dos pais e professores, a violência reproduzida da TV e dos jogos eletrônicos, etc.
A violência “da” escola, historicamente, reproduz as desigualdades sociais, produz castigos físicos em nome da “disciplina”, da “moral”, dos “costumes”, da “adaptação à sociedade”. A palmatória é o principal símbolo dessa educação repressiva e tradicional, infelizmente, ainda não abolida em muitas partes do mundo.
Curioso é que, a violência praticada pela professora de antigamente vem sendo substituída por uma nova forma de violência dos alunos contra os professores, seus bens, e o patrimônio da escola. Hoje, professores de todo o país sofrem desrespeito, ameaças, e agressões físicas dos alunos e pais deles.[2] Escolas são depredadas, pichadas, roubadas, aparentemente como simples vandalismo. Principalmente falta envolvimento da comunidade local para evitar que a escola seja violentada por seus próprios alunos ou estranhos, e os professores continuem sendo desrespeitados e ameaçados.
Pesquisa do ISME (Instituto SM para a Educação), em 2006, coordenada pela professora Maria Isabel Leme (USP), compara o Brasil, Argentina, Chile, México e Espanha, mostra que a relação entre alunos e professores é pior em nosso país. Cerca de 20% dos alunos não se sente bem na escola, onde sofre xingamentos (33,1); 20,1% diz sofrer agressões físicas dos colegas, e 17,1 sofre rejeição. Para a maioria dos professores (58,8%) a ausência de limites impostos pelos pais na educação dos filhos é responsável pelos conflitos entre professores e alunos.
Outra pesquisa realizada pela UNESCO, em 2002/3, revela que existe violência em 83;4% das escolas brasileiras. Os furtos ocorrem em 69,4% delas. Cerca de 60% disseram ocorrer roubo em sua sala de aula, 37% declara que já foi furtado e 69% não sabe a razão.
Fonte:Espaçoacademico.com.br
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