18 de jun. de 2011

"É evidente que está faltando dinheiro para a educação", diz ministro.

Fernando Haddad participa de audiência pública na Câmara dos Deputados.Comissão especial discute o Plano Nacional de Educação.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou em encontro com deputados federais que está faltando recursos para a educação brasileira. Haddad participou de uma audiência pública na Câmara dos Deputados na comissão especial que analisa o Projeto de Lei 8035/10. O projeto cria o Plano Nacional de Educação, e prevê 20 metas a serem cumpridas pelo governo na área de educação no próximo decênio.

“Se dizia muito que o problema da educação não era recurso. Se não está faltando dinheiro para a educação é de se acreditar que eles [professores] estão todos muito bem remunerados. Tomamos o salário dos profissionais de nível superior que não atuam no magistério. Em 2009 o salário médio do magistério público era de 60% das outras profissões. É evidente que está faltando dinheiro para a educação, e uma variável que é chave para a sociedade é a remuneração. Colocamos uma meta, que é a meta 17, que equipara a remuneração de docentes ao de não docentes”, afirmou o ministro.

O ministro da Educação ainda afirmou que o valor proposto de investimentos em educação, de 7% do orçamento, tem uma lógica. Mesmo assim, ele afirmou que defende, pessoalmente, que os recursos fossem maiores. “Perguntar para um ministro da educação se ele é a favor de 7% ou 10% é covardia. É evidente que ele é a favor de mais. Mas os 7% têm uma lógica. Estamos falando de R$ 80 bilhões de reais ao ano, adicionais. Estamos falando de um orçamento que na nossa contabilidade suporta o que está no plano. E que foi uma proposta da presidente eleita. Essa pergunta [de aumento do índice]não tem de ser feita para mim."

Haddad prosseguu: “Descontada a inflação, o orçamento do MEC dobrou. Não há uma conta de chegada, foi 1% em cinco anos, 2% em 10. Os candidatos foram perguntados sobre isso em debates nacionais, com a presença de milhões de brasileiros. Eu gostaria de ser o ministro dos 10%, mas dos meus 4 para cima já conseguimos fazer muitas coisas neste país. Uma infinidade de ações foram possíveis com 1% do PIB, que são R$ 40 milhões. Então não foi um número chutado, foi um número discutido em campanha".

Fonte: Globo.com

 

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