7 de jul. de 2011

Reprovação no exame da Ordem é questão complexa, diz vice-presidente da OAB/AL


A vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas, Raquel Cabus, disse que os altos índices de reprovação no exame da ordem é uma questão complexa, que abrange desde os hábitos atuais dos jovens, à qualidade do ensino médio das escolas particulares e o nível das instituições de ensino superior do Estado.
Cabus disse, ainda, que a Ordem não tem intenção que os candidatos sejam reprovados e que a preocupação da entidade é não lançar no mercado de trabalho profissionais despreparados. “O problema vem antes da faculdade”, avaliou a representante da ordem em entrevista à Rádio Gazeta.
E complementou, “não queremos dificultar o ingresso do bacharel no mercado, só defendemos a necessidade de profissionais de qualidade”, encerrou.
Na última terça-feira, 5, o presidente nacional da Ordem, Ophir Cavalcanti, adotou discurso menos ‘ameno’ ao divulgar a lista de 90 cursos de Direito que não aprovaram ninguém no último exame da Ordem (entre eles o de uma faculdade alagoana).
Cavalcanti cobrou explicação do Ministério da Educação (MEC). “Nós estamos vivendo um verdadeiro estelionato educacional, em que o cidadão entra na faculdade com a promessa de sair com um diploma para ser advogado e acaba saindo de lá sem qualquer tipo de possibilidade de estar no mercado de trabalho”.
Mais de 104 mil candidatos de 747 instituições de ensino públicas e privadas fizeram o exame e só 12.500 passaram. Noventa faculdades - todas particulares - em 22 estados e no Distrito Federal não tiveram nenhum candidato aprovado.
De acordo com a OAB, o número de cursos de direito aprovados pelo Ministério da Educação vem crescendo muito rápido e sem o devido controle. Atualmente, são 1.174 cursos. Mais de 40 aprovados este ano. Para o OAB é por isso que o índice de aprovação no exame da Ordem que era de 30% em 2008, caiu para cerca de 11% esse ano.
Ophir Cavalcanti disse, questionou, ainda, o número de faculdades de Direito no país. “Nós não podemos continuar criando cursos de direito a cada esquina nesse país. Precisamos ter responsabilidade”, afirmou.

Fonte: Alagoas24horas

Um comentário:

  1. Da maneira como a prova vem sendo formulada, não há como avaliar nenhum bacharel. No ultimo exame, realizado em 17/07, diversas questões tiveram artigos copiados, na íntegra, trocando-se apenas uma palavra ou número, o que induz qualquer candidato a erro. A OAB vem reprovando em massa desde a entrada da FVG e ninguém faz absolutamente nada. É uma covardia declarada com o único intuito de arrecadar e praticar descaradamente a reserva de mercado

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