27 de mai. de 2011

A educação em tempos atrás. Como era?

Ensinar é um hábito que nos acompanha desde a Pré-história. Mas, claro, naquela época não existia escola, professor, provas. O homem primitivo costumava passar para seus filhos coisas práticas, como técnicas de caça, e rituais religiosos. Com o desenvolvimento das civilizações, o ensino passou a estar atrelado à cada cultura.
No antigo Egito, por exemplo, o importante era saber falar. Faraós e nobres educavam os filhos para dominar a palavra oral – e, assim, comandar a sociedade, intervindo nos conselhos do poder. A escrita, instrumento para registrar atos oficiais, era tarefa dos escribas, que aprendiam a arte com os pais. Ao povão, os pais ensinavam noções básicas de suas profissões. Escravos tinham o capataz como professor – e o chicote como recurso pedagógico.
Na Grécia, o Estado já começava a interferir. Em Esparta, a criança ficava em casa até os sete anos e era confiada ao governo, que a formava para a guerra. Já os atenienses eram educados para a formação completa. O Estado oferecia educação física, formação musical e alfabetização para os meninos.
Na Roma antiga, o papel do pai era levado tão a sério que a autonomia da educação paterna era lei do Estado. Nas classes dominantes, a educação familiar visava o ensino das letras, direito e domínio da retórica e das condições para desempenhar atividades políticas.
O pai perdeu posto para o padre durante a Idade Média. A Igreja organizava comunidades e os sacerdotes recebiam rapazes em suas próprias casas. O ensino reduzia-se às Escrituras. No século 8, o imperador romano Carlos Magno ordenou que padres estudassem as letras. Mais tarde, todo mosteiro foi obrigado a ter uma escola. Em 1088, surgiu a primeira universidade, em Bolonha (Itália). No fim do século 15, o acesso à escola ampliou-se, mas a essência da educação continuou religiosa.
No Brasil, antes da chegada dos portugueses, indiozinhos eram instruídos por adultos. Em algumas tribos, o pajé passava adiante valores culturais. Em 1549, os jesuítas chegaram trazendo na bagagem a religiosidade européia e alguns métodos pedagógicos. Detiveram o monopólio educacional por 210 anos, até 1759, quando foram expulsos do país. A partir do século 19, a cultura capitalista fez com que a educação deixasse de refletir apenas valores religiosos para ter a ciência como base. Nasceu assim a escola como a conhecemos hoje: com normas específicas, agentes próprios e estrutura de ensino: vários alunos nas salas, provas, notas, carteiras em fila, diplomas. Tudo para educar uma massa cada vez maior de indivíduos.

Fonte: historia.abril.com.br

2 comentários:

  1. cade as meninas da sala de aula

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  2. Antigamente a educação só era permitida aos meninos? Tem razão o preconceito que existe hoje já vem de anos atras.

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