7 de set. de 2011

Refletindo sobre o dia 7 de setembro

O sentimento de brasilidade e de amor à Pátria parece esmaecer. Um dia comemorado com alegria e civismo causava um grande frenesi na população brasileira. Todos os colégios, guarnições militares, ex-pracinhas desfilavam com todo garbo mostrando seu amor a Pátria. Sete de setembro ficou marcado na história como a data inicial para o crescimento brasileiro. O povo brasileiro aspira a vencer e vencerás, mas devemos nos lembrar de que vencer sem abrir caminhos da vitória para os outros é avançar para o tédio da inutilidade sob frio da solidão. O amor a pátria jamais deverá tomar outro destino. A diretriz, o viés deve fazer parte da vontade coletiva.

A Independência tem suas conotações e a participação coletiva não pode ser cerceada por grupos que só imantam a vontade própria, denegrindo a vontade precípua dos que almejam a aspiração do crescimento e do bem - estar da sociedade. Quando nos aprofundamos nos mementos históricos, essa história toma conotações diferenciadas. A dúvida paira em nossas mentes ficamos atônitos e a conclusão é de que nos ensinaram tudo errado. “A Independência do Brasil é um dos fatos históricos mais importantes de nosso país, pois marca o fim do domínio português e a conquista da autonomia política. Muitas tentativas anteriores ocorreram e muitas pessoas morreram na luta por este ideal. Podemos citar o caso mais conhecido: Tiradentes. Foi executado pela coroa portuguesa por defender a liberdade de nosso país, durante o processo da Inconfidência Mineira. Essa luta pela liberdade é verdadeira e ainda permanece nos dias atuais. Faz parte dessa história o Dia do Fico.

Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro I recebeu uma carta das cortes de Lisboa, exigindo seu retorno para Portugal. Há tempos os portugueses insistiam nesta ideia, pois pretendiam recolonizar o Brasil e a presença de D. Pedro impedia este ideal. Porém, D. Pedro respondeu negativamente aos chamados de Portugal e proclamou: "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico.” Outras nuanças de suma importância surgem com mais detalhes na história da atualidade.

Após o Dia do Fico, D. Pedro tomou uma série de medidas que desagradou a metrópole, pois preparavam caminho para a independência do Brasil. D. Pedro convocou uma Assembléia Constituinte, organizou a Marinha de Guerra, obrigou as tropas de Portugal a voltarem para o reino. Determinou também que nenhuma lei de Portugal seria colocada em vigor sem o” cumpra-se”, ou seja, sem a sua aprovação. Além disso, o futuro imperador do Brasil, conclamava o povo a lutar pela independência. O País dominante na época era a Inglaterra e Portugal tinha uma dívida astronômica com os ingleses. Quando os portugueses aportaram no Brasil e com o passar do tempo os ingleses aqui estiveram e viram no Brasil um potencial de riqueza muito grande.

De imediato se interessaram por este potencial e passaram a exigir muitas coisas de Portugal. Algumas medidas foram tomadas contra Portugal e uma delas foi à proibição do tráfico de escravos da África para o Brasil, na história do famoso Navio Negreiros. Os historiadores continuam a sua narrativa e afirmam que o príncipe fez uma rápida viagem às Minas Gerais e a São Paulo para acalmar setores da sociedade que estavam preocupados com os últimos acontecimentos, pois acreditavam que tudo isto poderia ocasionar uma desestabilização social. Durante a viagem, D. Pedro recebeu uma nova carta de Portugal que anulava a Assembléia Constituinte e exigia a volta imediata dele para a metrópole. Estas notícias chegaram às mãos de D. Pedro quando este estava em viagem de Santos para São Paulo.

Próximo ao riacho do Ipiranga levantou a espada e gritou: “Independência ou Morte!". Este fato ocorreu no dia 7 de setembro de 1822 e marcou a Independência do Brasil. No mês de dezembro de 1822, D. Pedro foi declarado imperador do Brasil. Será que as nuanças aqui citadas são verdadeiras? Condizem com a realidade? Mas, o mais importante é que de uma maneira ou de outra o Brasil se livrou do domínio português, mas foi brutalmente surrupiado pelos ingleses que levaram muito de nossas riquezas, inclusive a borracha. Hoje a situação é triste. Estamos sob o domínio do Poder Político. Corrupções, falcatruas, enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro, prostituição infantil e adulta, violência, fome, desemprego, imunidade, impunidade, tráfico de drogas, assaltos, sequestros fazem o écran brasileiro na atualidade.

Quem nos tornará independente novamente? Quando sairemos do jugo do poder político que se implantou no Brasil. O poder político enfraquece o poder militar e coloca no liquidificador o poder econômico e a patifaria e a roubalheira toma conta do País. O direito de ir e vir nos foi negado. Vivemos enjaulados e entregues a própria sorte. Nossa consciência morreu. Fomos iludidos em nossas pretensões de ter um Brasil melhor e mais humano. A cada governo que passa a situação piora. E aí indagamos?

O que fazer? Contaram a história, mas se esqueceram de falar do deputado Luis Sucupira autor do Projeto que oficializa o 7 de setembro como a data nacional da Independência. O presidente Getúlio Vargas sancionou a Lei em novembro de 1934. Luis Sucupira cearense de nascimento foi Comendador da Santa Sé. Foi eleito pela - Liga Eleitoral Católica (LEC) para a constituinte de 1934. Sucupira era jornalista, funcionário público federal, em 1940, foi nomeado interventor no Estado do Ceará. Chegava ao Palácio da Luz pedalando a sua bicicleta, o que causou espanto dos que presenciaram o fato. E ele se expressava dizendo que sua atitude era para bem do Estado, pois não haveria necessidade de gastos desnecessários.

Um excelente exemplo para os governantes atuais. Luis Sucupira, escritor, católico fervoroso, era membro efetivo da Academia Cearense de Letras. O dia da Independência é um momento de reflexão para todos os brasileiros. Vamos tornar o nosso país uma nação decente. Vamos expulsar do poder pelo voto consciente as autoridades que não cumprem o que prometem a gente. Pensem nisso!
     
                                                                                                 Antonio Paiva Rodrigues
                                                                                                             Jornalista

Nenhum comentário:

Postar um comentário