1 de set. de 2011

Sinteal elabora dossiê sobre situação das escolas públicas em Alagoas



Sindicato lista unidades que apresentam problemas estruturais, que comprometem ensino na capital e interior do estado.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal) divulgou, nesta quinta-feira (1º), um dossiê sobre a situação das escolas públicas, tanto da rede estadual, quanto da municipal de ensino. Ao todo, segundo o relatório, 43 unidades no interior apresentam problemas diversos, sendo a maioria relativa a questões estruturais. Na capital, 11 escolas também não teriam condições de receber os estudantes, conforme a avaliação do sindicato.

Segundo o diretor jurídico do Sinteal, Jailton Lira, o relatório é fruto de uma força-tarefa reunindo representantes dos núcleos regionais em todo o Estado, bem como professores e funcionários da entidade. O documento será entregue ao Ministério Público Estadual (MPE) para que seja instaurada uma Ação Civil Pública.

"O Sinteal não possui uma equipe de engenharia ou arquitetura. Portanto, vale deixar claro que o objetivo é fazer o levantamento das condições de funcionamento das escolas, como a questão da segurança, os materiais didáticos disponíveis, o ambiente favorável, ou não, para a saúde dos trabalhadores, a falta de pessoal, dentre outras situações", comentou Jailton.

O diretor do Sinteal questiona também a qualidade do material utilizado na construção das unidades de ensino, de modo que as deficiências, para o sindicato, tornaram-se visíveis à população, 'pondo em risco toda a comunidade escolar'. Para o Sinteal, apesar de as unidades de ensino disporem de recurso próprio para serviços como o de limpeza, os problemas seriam consequência 'de anos de abandono'.

"Não tivemos como visitar as trezentas unidades, mas estivemos em muitos municípios [21 no total]. O relatório, porém, mostra que a grande maioria das escolas vistoriadas apresentam problemas, alguns em comum, como os que dizem respeito à rede elétrica e hidráulica. Muitas precisam de retelhamento e de solução para problemas de infiltração", reforçou Jailton Lira.

Ainda de acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, o relatório traz a constatação de que 'não estamos apenas diante de casos isolados, evidenciando uma situação de abandono que perdura há anos'. "As escolas estão sem manutenção básica, além de sofrerem em outros pontos mais complexos, como a danosa influência do tráfico de drogas, contribuindo para com o crescimento dos índices de violência no Estado'.

Enquanto que a Secretaria Municipal de Educação informou concluir processo licitatório por meio do qual garantirá a execução de serviços de reforma e ampliação em 30 escolas da capital, a Secretaria de Estado - também procurada pela Gazetaweb - informou já trabalhar para solucionar os problemas relatados pela comunidade escolar por meio de comissão com o exclusivo intuito de avaliar as diversas queixas.

De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria da Educação e do Esporte, a Comissão de Gerenciamento de Riscos da Infraestrutura já realiza levantamento acerca da situação de cada unidade, já considerando as informações fornecidas pelo Sinteal. O objetivo, segundo a assessoria, é otimizar a utilização dos recursos a serem destinados à execução de melhorias, com base em informações técnicas sobre a real situação da rede.

"A Secretaria permanece aberta ao diálogo, inclusive com o Sinteal, de modo que o trabalho se dê conjuntamente", destacou a assessoria, lembrando que a SEEE também dispensa esforços para a resolução de problemas considerados emergenciais, como o verificado na Escola Rosalvo Lôbo, no bairro de Jatiúca, em Maceió, onde a Secretaria garante concluir reparos na unidade de ensino.





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